domingo, 22 de setembro de 2013

Fé e Ciência

Arqueólogos encontram “cidade perdida” mencionada nos Evangelhos: Dalmanuta.

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Ginosar_BW_7.jpg
Segundo o site acadêmico LiveScience, uma “cidade perdida”, descrita nos Evangelhos, pode finalmente ter sido encontrada. Dalmanuta é o lugar para onde Jesus partiu após ter feito a multiplicação de pães e peixes que alimentou uma multidão. O capítulo 8 de Marcos afirma: O povo comeu até se fartar. E ajuntaram sete cestos cheios de pedaços que sobraram. Cerca de quatro mil homens estavam presentes. E, tendo-os despedido, entrou no barco com seus discípulos e foi para a região de Dalmanuta”.
Contudo, a passagem correspondente de Mateus 15:39 diz: “Tendo despedido a multidão, entrou no barco, e dirigiu-se ao território de Magadã”. Essa menção fez com que durante séculos os estudiosos pensarem se tratar da cidade que hoje é chamada de Migdal.
Também conhecida por Magdala, está situada ao noroeste do Mar da Galileia, no vale de Genesaré. O local é mais conhecido por sua associação com Maria de Magdala, apelidada de Madalena. 
Ken Dark, da Universidade de Reading, cuja equipe descobriu as ruínas dessa cidade defende que se trata de Dalmanuta, uma “cidade perdida” para a arqueologia. Ele e sua equipe querem comprovar a teoria por causa de uma embarcação de 2.000 anos de idade que foi encontrada na região em 1986.(foto acima) Até hoje é o mais famoso artefato associado à área, o famoso “barco de Jesus” poderia não ser de Magdala, mas sim da cidade vizinha de Dalmanuta. Elas ficavam a cerca de 200 metros uma da outra. Isso sugere que os dois evangelistas apontavam para a mesma região, mas não para a mesma cidade.
A exploração encontrou cerâmica antiga e uma série de fragmentos de colunas, incluindo peças esculpidas no estilo coríntio. Os testes de radio carbono permitem que muitos dos artefatos encontrados comprovem sua idade. Alguns deles, ânforas de vidro, indicam que seus antigos habitantes eram ricos. Vestígios de âncoras de pedra, juntamente com a localização próxima à praia, ideal para barcos, indicam que a população se dedicava à pesca. São as ânforas e as âncoras que ligariam a cidade ao chamado “barco de Jesus”.
A teoria é apresentada na edição de setembro da revista científica Palestine Exploration. Análises do material indicam que a cidade era próspera e provavelmente sobreviveu por séculos. A data das peças de cerâmica indicam que ela existiu pelo menos entre o primeiro e o quinto século. A comunidade judaica provavelmente vivia ao lado de um povo politeísta, como indicam os fragmentos de vasos de calcário. Segundo Dark, isso seria a realidade da região no início do período de dominação romana.
Embora reconheça não ser possível a comprovação inequívoca que a cidade recém-descoberta é a Dalmanuta bíblica, para ele é um dos poucos nomes de lugares desconhecidos por pesquisadores. Além disso, está no Vale de Genesaré, um sítio arqueológico “amplamente negligenciado”. A pesquisa de Dark utilizou, além do sistema tradicional, fotos tiradas de satélites para estabelecer mudanças na topografia.
Como no campo da arqueologia tudo ocorre muito lentamente e sempre surgem questionamentos, é provável que demore alguns anos antes de as teorias da equipe do doutor Dark sejam totalmente comprovadas.
 Com informações de RT, Christian Origins e Live Science.
Fonte:www.comshalom.org

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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ciência e Fé

* Igreja ‘contra’ a ciência? Durante quinze séculos o catolicismo ostentou a liderança mundial na pesquisa científica!

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A Igreja nos ensina que, se a fé está “acima” da razão, “não poderá nunca existir contradição entre a fé e a ciência, porque ambas têm origem em Deus” (Compêndio do CIC 29). João Paulo II se referiu à contribuição que uma poderia oferecer à outra: “A ciência pode purificar a religião do erro e da superstição; a religião pode purificar a ciência da idolatria e dos falsos absolutos. Cada uma delas pode introduzir a outra num mundo mais vasto, num mundo em que ambas podem florescer”. 
Durante quinze séculos, a Igreja ostentou a liderança na pesquisa científica.
 Nada surpreendente, já que vários cargos eclesiásticos permitiam dedicar-se à ciência, muitas vezes facilitada pelo contexto monástico, com sua relativa serenidade, suas bibliotecas e seu pessoal letrado.
No século XIII, Alberto Magno incentivou a pesquisa… mineralógica. A suposta hostilidade da Igreja com relação a toda forma de conhecimento diferente do das Sagradas Escrituras é, portanto, um preconceito obscurantista!
Em 1543, foi um clérigo, Nicolau Copérnico, quem dedicou o seu De revolutionibus orbium coelestium ao Papa Paulo III, e nele redescobriu o heliocentrismo. Mas este interesse pela ciência não acaba no Renascimento. Em pleno século XIX, foi um monge, Gregor Mendel, quem formulou as leis da herança. Grandes sábios, como Pascal, Ampère, Pasteur e Eduardo Branly professavam a fé católica. Ainda hoje, a Academia Pontifícia das Ciências reúne estudiosos do mundo inteiro, e os trabalhos do Observatório Astronômico do Vaticano têm autoridade. A Igreja coopera com prazer com os não-crentes e com ateus na pesquisa filológica e arqueológica das fontes bíblicas. Isso deveria ser suficiente para estabelecer que não há oposição entre a fé católica e a ciência.
O que existe, no entanto, são preconceitos de alguns homens de fé com relação à ciência, e de alguns homens de ciência com relação à fé. Sem dúvida, houve e pode haver ainda, na Igreja, pessoas que consideram o progresso científico como uma ameaça. Já houve – e há ainda – no mundo científico, estudiosos que consideram que ciência e fé, longe de serem boas amigas, estão em concorrência direta. A uns e outros, pode-se propor a seguinte exortação: “Não tenham medo da verdade!”. Descobrir a verdadeira lei da queda livre dos corpos, como Galileu fez, é algo bom. Perguntar-se sobre o que pode levantar o homem da sua Queda também é algo bom!
Não há o que temer: “A verdade não pode contradizer o bem”. É preciso distinguir, portanto, o âmbito de competência do Magistério da Igreja e o da pesquisa científica. Fazer astronomia e calcular as trajetórias das órbitas planetárias é uma coisa; perguntar-se como se chega ao Céu é outra. Quando um cientista católico estuda astronomia, não estuda “astronomia católica”. Já não existe ciência católica nem ciência budista. A revelação judaica – e depois o seu cumprimento no cristianismo – não pretende substituir a pesquisa científica. Como bem disse o cardeal Baronio, a quem Galileu citava com prazer, “a Bíblia nos ensina como chegar ao Céu, e não como está o céu”.

A separação de responsabilidades está em perigo quando o Magistério pretende proibir ou suspender a divulgação de uma verdade científica. Isso aconteceu, por exemplo, com Galileu, mas por razões muito políticas, já que alguns estudiosos da Cúria Romana estavam certos dos seus pontos de vista científicos.
 

A autonomia das competências também é violada quando um cientista extrapola os resultados da sua pesquisa ao âmbito da metafísica e da religião. Nenhuma ciência é competente para falar da criação do mundo (que não é um acontecimento físico, mas a dependência, de tudo o que existe, de um Criador). Nenhuma ciência é competente para decidir sobre a existência de Deus (que é um ser sobrenatural, até que se demonstre o contrário – quando as ciências da natureza tratam somente de entidades e de leis naturais). Quando a ciência pisoteia as flores da religião, cai no cientificismo. A Igreja não é contra a ciência, mas contra esse cientificismo.

Fonte: Comunidade Católica Shalom